MANUTENÇÃO DA PAZ E UNIDADE NACIONAL É TAREFA DE TODOS MOÇAMBICANOS- DIOMBA
O governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, apelou esta segunda-feira a população do distrito de Magude a ser vigilante, denunciando quaisquer movimentações de pessoas estranhas, para que não venha a ser surpreendida por acções que minem a paz e a unidade nacional.
Discursando durante um comício que orientou na vila-sede do distrito, pouco mais de 150 quilómetros a norte da capital moçambicana, Maputo, Diomba vincou que a manutenção da paz e unidade nacional não deve ser tarefa exclusiva do governo ou de membros de defesa e segurança, ou de organizações politicas.
A manutenção da paz e unidade nacional é uma tarefa de todos os moçambicanos, sublinhou o governador.
Numa mensagem apresentada na ocasião, a população repudiou a atitude da Renamo (o maior partido da oposicao) e do seu líder, Afonso Dhlakama, que têm vindo a ameaçar recorrer a forca caso o seu projecto das autarquias provinciais não seja aprovado pelo parlamento, a Assembleia da República.
Face a isso, a população de Magude disse não a guerra e às atitudes divisionistas.
Comentando esta preocupação da população, o governador apelou a união de todos para que as intenções de criar instabilidade não sejam concretizadas.
Ninguém deve recorrer a violência para alcançar os seus desejos pessoais, nem de um grupo. Não queremos ver alguém a sangrar vítima de baleamentos. Por isso, temos de ser vigilantes e denunciar qualquer movimentação de pessoas estranhas, exortou Diomba.
Durante o comício, a população denunciou também casos de usurpação de terras, algumas vezes envolvendo pessoas nativas, mas residindo ou trabalhando na África do Sul, as quais negoceiam a venda de espaços com cidadãos estrangeiros.
Em resposta, Diomba explicou que a ocupação de terra sem autorização pelas entidades competentes é uma ilegalidade, daí que a população deve denunciar este tipo de actos às autoridades governamentais.
Estrangeiros não podem ocupar a terra sem que haja autorização de entidades competentes e sem que haja consulta a comunidade local, disse.
Na ocasião, a população queixou-se do recrudescimento de casos de roubo de gado, fenómeno cronico no distrito, e solicitou apoio do governo para a sua solução.
Apesar de melhorias que se registam nas varias áreas de actividade, segundo testemunharam algumas das 10 pessoas que se fizeram ao pódio para apresentar os seus pontos de vista sobre a vida sócio-económica do distrito, Magude clama por mais acções em diversos domínios.
A continuação de expansão da rede de unidades sanitárias e de sistemas de provisão de agua potável, bem como o alargamento de escolas de nível secundário e o estabelecimento de, pelo menos, uma de nível superior fora algumas das preocupações apresentadas pela população, pelas quais o governador apelou a união de todos para a sua solução paulatina.
Diomba disse que a sua visita a Magude visa inteirar-se sobre aquilo que foi a contribuição do distrito para a economia do país em 2014 e sobre as acções em curso em todos os sectores de actividade para a continuação do processo de desenvolvimento que se registam no distrito e em Moçambique, em geral.
Durante os três dias da sua permanência em Magude, Diomba escalará, terça-feira, o posto administrativo de Motaze, onde deverá inaugurar uma maternidade e visitar unidades económicas, algumas das quais resultantes do Fundo de Desenvolvimento Distrital (vulgo Sete Milhões).
O programa da visita, que termina quarta-feira, inclui reuniões com os jovens e funcionários públicos do distrito, para alem da sessão extraordinária do governo distrital, alargada aos membros do Conselho Consultivo Distrital (CCD), que teve lugar esta tarde.
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