MOÇAMBIQUE/CAPTURA DO CAMARÃO AINDA ABAIXO DAS METAS
A captura do camarão em águas moçambicanas saldou-se, em 2014, num total de 3.500 toneladas, quantidade que apesar de estar em crescimento continua abaixo da meta estabelecida pelo Ministério do Mar, Águas Interiores e das Pescas, na ordem de oito mil toneladas ano.
Todavia, segundo Cláudia Tomás, da Administração Nacional de Pescas (ADNAP), o ministério está a considerar algumas medidas de gestão às pescarias que vão contribuir para um incremento gradativo das quantidades capturadas do camarão, entre elas o período de veda.
Tomás falava hoje, em Maputo, a margem da 45ª Sessão da Comissão de Administração Pesqueira (CAP), a primeira das quatro que são realizadas anualmente.
Entre vários pacotes temáticos, a fará o balanço do desempenho das pescarias; desempenho do sector pesqueiro; a apresentação dos resultados do cruzeiro de camarão;
No encontro, de apenas um dia, será tónica dominante o ponto de situação da campanha de pesca 2015; informe sobre o processo de adequação do quadro tarifário do sector pesqueiro; os benefícios dos Centros Comunitários de Pescas (CCPs) na gestão dos recursos pesqueiros e o informe sobre a proliferação das artes nocivas (chicocota).
As medidas que o pelouro está a tomar visam, segundo a fonte, recuperar as quantidades de rendimentos médios diários na captura do camarão de superfície, sem com isso comprometer a sustentabilidade do recurso.
O decrescimento das quantidades capturadas deriva do excessivo esforço de pesca aplicado e de certa forma o controlo que temos de ter com a pesca artesanal, explicou Tomás.
A questão do uso da arte nociva à pesca (redes mosquiteiras e chicocotas) está entre os temas de relevo, porém o ministério tem vindo a envidar esforços que incluem o envolvimento dos conselhos comunitários de pesca para a combater.
No que tange aos outros recursos pesqueiros, a tendência é encorajadora e, segundo Tomás, o caso do atum cuja pesca arrancou no ano transacto, através dos quatro barcos nacionais que já estão a operar nas águas moçambicanas, as quantidades poderão registar um incremento uma vez que está em vista o aumento da frota para 30 barcos.
O evento conta com a presença dos quadros da Direcção Nacional de Economia e Política Pesqueira (DNEPP), Administração Nacional Pesqueira (ADNAP), Instituto de Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala (IDPPE), Direcção Nacional de Fiscalização Pesqueira (DNFP), Instituto de Investigação Pesqueira (IIP), Instituto Nacional de Inspecção do Pescado (INIP), bem como parceiros do sector pesqueiro.
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