O posto administrativo de Motaze, no distrito de Magude, província de Maputo, têm vindo a conhecer um franco desenvolvimento como resultado do envolvimento de empresários locais na construção de infra-estruturas sócio-económicas com impacto positivo no seio da população.

Um exemplo concreto é a inauguração de uma maternidade pelo governador da província de Maputo, Raimundo Diomba , na sede do posto administrativo, uma infra-estrutura construída por um empresário ali estabelecido, Rogério Manuel, que vem explorando actividades do ramo agro-pecuário,
A maternidade inaugurada esta terça-feira conta com seis camas, podendo uma delas servir para casos de partos complicados.
Isto, segundo a médica chefe distrital, Helga Guambe, vai permitir que as populações daquele posto administrativo tenham acesso aos cuidados pré-natais e partos institucionais próximo das suas residências e descongestionar o Centro de Saúde, onde todos os serviços básicos eram atendidos.
“Tínhamos o centro de saúde, mas com compartimentos muito congestionados. Com a entrada em funcionamento desta maternidade, vamos descongestionar os serviços, os quais funcionavam no mesmo compartimento, incluindo os do Tratamento Antiretroviral (TARV)”, disse Guambe.
Motaze está a pouco mais de 20 quilómetros da vila-sede distrital de Magude, pelo que aquela maternidade vem reduzir a distância que era percorrida por algumas parturientes para aceder aos serviços de género.
Para além disso, o empresário em referência acaba de montar uma fábrica de descasque de arroz, produto que é colocado no mercado local a um preço inferior em relação ao praticado no mercado nacional, na razão de 20,00 meticais o quilograma, contra mais de 30 meticais que o produto é vendido noutros pontos do país.
A fábrica tem uma capacidade de processar sete toneladas diárias, mas que, actualmente, apenas processa uma tonelada e meia, pois ainda esta na sua fase de construção. Embora ainda inacabada, a fábrica vem processando o arroz há cerca de dois anos, mas o empacotamento arrancou recentemente.
Actualmente explora uma área de 160 hectares de arroz, em dois campos, perspectivando atingir, na próxima época agrícola, 250 hectares. Ele é também criador de gado bovino.
Um outro empresário, Jacinto Daila, desta feita beneficiário do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), vulgo Sete milhões, acaba de pôr em funcionamento uma padaria, a primeira naquele ponto do distrito de Magude.
A ele foi alocado 200 mil meticais em 2014, montante que já começou a reembolsar. Embora fosse necessário, segundo ele, uma quantia de 1,5 milhões de meticais para por em prática o seu projecto, este conseguiu concretizar as suas ideias. Daila começou a reembolsar o montante recebido, tendo já canalizado aos cofres do estado 50 mil meticais, como primeira tranche.
A padaria, que emprega três cidadãos locais, tem a capacidade de fabricar mais de 1400 pães por dia, também comercializado na sede do posto. A ideia é de expandir o negócio para outras regiões do posto administrativo.
O governador que elogiou os esforços dos agentes económicos locais no desenvolvimento da região, encorajou outros empresários a seguirem o exemplo, pois “o desenvolvimento do país não é apenas tarefa do governo, mas de todos os moçambicanos”.
O governador escalou o posto administrativo de Motaze no quadro da sua visita de trabalho de três dias ao distrito de Magude, em preparação da deslocação do Presidente da Republica, Filipe Nyusi, aquele distrito, cuja sede se situa a 152 quilómetros a norte da capital moçambicana, Maputo.
Falando especificamente no acto de inauguração da maternidade, Diomba apelou a população para que use da melhor forma aquela infra-estrutura.
“Queremos exortar a população que estes empreendimentos não sejam tomados em conta por morcegos. Tem que ser o edifício que se usa para o bem de nós todos. Usando bem este edifício estamos a preparar o futuro de Moçambique. Termos um filho que possa a dar continuidade a nossa acção.
Quando isto não for usado poderemos ter resultados que ninguém espera. A sua utilização deve ser muito correcta. Nada de destruir”, acrescentou o governador, pedindo a colaboração da população com os agentes de saúde na sua gestão.
Diomba elogiou a participação dos agentes económicos na melhoria das condições de vida da população, indicando que estes estão a fazer sua parte do plasmado no programa do governo. 

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