MALAWIANOS VITIMAS DE XENOFOBIA REGRESSAM AO PAÍS

16-04-2015 17:14

O primeiro grupo de vítimas malawianas da xenofobia deverá ser repatriado no próximo domingo da África do Sul, disse esta quinta-feira o porta-voz do Governo do Malawi, Kondwani Nankhuma.

Segundo 'os últimos relatórios oficiais' das representações diplomática e consular do Malawi na África do Sul, cerca de 420 cidadãos malawianos foram afectados e estão em campos temporários.
Kondwani Nankhumwa, ministro malawiano da Informação, disse em conferência de imprensa, em Blantyre, que este número tende a aumentar nos próximos dias,
Segundo a fonte, o Governo do Malawi instalou dois campos de trânsito, em Blantyre, para as vítimas da região sul, e um outro na capital, Lilongwe, para as vítimas das regiões centro e norte do pais.
O Ministro indicou que, durante os ataques, a maior parte das vítimas perderam quase todos os seus bens, nomeadamente documentos.
O Consulado e a Embaixada do Malawi na África do Sul estão a trabalhar conjuntamente com o Governo sul-africano no acompanhamento e na avaliação da situação no terreno, disse.
Muitos jovens do Malawi emigram para a África do Sul em busca de trabalho.
Os ataques contra os estrangeiros, principalmente do Malawi, Zimbabwe, Moçambique, Somália, Etiópia e da República Democrática do Congo (RDC), seguiram-se a declarações do rei Goodwil Zwelithini, do Kwazulu Natal, apelando para que os estrangeiros regressem aos seus países.
O influente chefe tradicional distanciou-se mais tarde dessas declarações, afirmando que elas foram «mal interpretadas ».
No entanto, o ministro sul-africano do Interior, Malusi Gigaba, pediu com firmeza aos 'sobas' para « terem cuidado nas suas declarações ».

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