Uma manifestação contra os actos de xenófoba que vem assolando a Africa do Sul juntou último sábado, em Maputo, pouco mais de uma centena de pessoas, numa marcha que desaguou junto a embaixada sul-africana.

Os manifestantes concentraram-se nas primeiras horas da manha defronte da empresa Electricidade de Moçambique, na Avenida Eduardo Mondlane, centro da cidade, tendo marchado até a embaixada da Africa do Sul.
Durante percurso, o grupo foi exibindo dísticos de apelo a paz e harmonia entre os africanos.
“Abaixo xenofobia!”, gritavam os manifestantes, cuja marcha não foi escoltada pela Polícia, que alegou não ter sido notificada pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo.
Um dia antes, o Município fez saber que a marcha era ilegal, porque o pedido foi feito tardiamente e os promotores não obedeceram a lei.
“Continuamos a apelar o nosso presidente que continue a demonstrar a sua sabedoria, conversando com o seu homologo sul-africano, para fazer entender que Africa do Sul e Moçambique têm laços históricos, que não podem ser quebrados por uma questão de xenofobia praticado por um determinado grupo de sul-africanos e que coloca em causa essa nossa liberdade”, disse João Massango, um dos promotores da iniciativa.
Apesar de não ter sido notificada, um contingente policial aguardava os manifestantes junto da embaixada sul-africana, para garantir a ordem e tranquilidade públicas.
Esta sexta-feira, chegaram a Maputo os primeiros 107 moçambicanos, de um total de 600 que estavam refugiados em centros de acolhimento na região sul-africana de Durban, de onde iniciou a violência contra estrangeiros, com registo de mortes e vários feridos.

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