NYUSI DIZ NÃO HAVER RAZÃO PARA QUE MOÇAMBICANOS VIVAM AMEAÇADOS

07-04-2015 18:30

O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse esta terça-feira na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, que a vontade colectiva identifica os moçambicanos como um único povo unido, vivendo em paz e sem ameaças.

Falando durante o comício que orientou no povoado de Namatil, distrito de Mueda, por ocasião da passagem do 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana e do lançamento da Chama da Unidade, Nyusi realçou que não há razões para que os moçambicanos se dividam ou se tratem como inimigos.
O Presidente da República vincou que a marcha que iniciou esta terça-feira, com o acto solene do acender da Chama da Unidade, que decorre sob o lema “40 anos de Independência: Consolidando a Unidade Nacional, Paz e a Soberania”, deve ser acompanhado por todos os moçambicanos num ambiente de festa.
“Temos que continuar unidos tal como o fizemos durante a luta pela independência. Não às ameaças, exclusão e a auto exclusão. Só em paz e reconciliados é que podemos desenvolver o pais”, apontou o Chefe do Estado moçambicano.
O acto de independência, explicou o Presidente Nyusi, cobre a todos os moçambicanos ”ninguém diz não a independência”.
O Presidente insistiu na necessidade de todos os moçambicanos usarem a unidade como principal arma e segredo do sucesso na realização das suas tarefas em prol do bem-estar colectivo.
“Hoje, Dia da Mulher, a Chama da Unidade vai continuar a iluminar a Mulher e o Homem na luta contra as desigualdades. Este é o momento do resgatar da história dos fazedores da independência nacional e do estimular das novas gerações para enfrentarem os desafios que lhes esperam”, disse Nyusi.
Explicou que Namatil, local onde foi lançada a tocha, foi escolhido para acolher este acto porque no passado assumiu particular importância rumo a independência de Moçambique.
Este povoado, segundo Nyusi serviu de ponto de saída e entrada dos combatentes da luta pela independência a partir da vizinha Tanzânia.
Para exército colonial, Namatil era o posto de comando para travar a entrada dos guerrilheiros da Frelimo, na altura movimento de libertação, enquanto para os libertadores era base logística para o armazenamento de material e alastramento da guerra para o interior de Moçambique.
“Namatil foi um dos pontos estratégicos escolhidos para a realização da operação (Nó Górdio) para acabar com Frente de Libertação de Moçambique, idealizada pelo Kaúlza de Arriaga “, explicou o Presidente.
Arriaga, General do exército português ficou conhecido sobretudo pelas campanhas que dirigiu durante a guerra de libertação de Moçambique, principalmente a grandiosa operação 'Nó Górdio' (1970), que resultou num enorme fiasco militar. 
Foi precisamente o fracasso desta operação que ditou o curso da guerra em Moçambique, que haveria de culminar com a sua independência a 25 de Junho de 1974. 
Intervindo em nome dos partidos da oposição extraparlamentar, Yacub Sibindy, destacou que a unidade nacional é o segredo da vitória e que não esta caduca ela funciona para gerir a democracia.
“É importante manter o legado da geração 25 de Setembro olhando para a nova geração como continuadora. Os partidos políticos devem corresponder elaborando projectos de governação inclusiva para não adiarem o desenvolvimento”, disse Sibindy.
Apelou ainda a transformação das famílias moçambicanas em núcleos de empresas, adiantando que a tocha hoje lançada deve transportar a nova mensagem de paz e desenvolvimento. Para o efeito, apelou aos partidos políticos a assumirem a cultura de Estado.

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