A presidente da Comissão da União Africana (CUA), Nkosazana Dlamini Zuma, lamentou a situação de violência xenófoba que se vive na vizinha África do Sul, considerando “inaceitáveis” os actos protagonizados pelos sul-africanos.

Num comunicado de imprensa emitido recentemente, Nkosazana Zuma exigiu o fim imediato dos ataques contra estrangeiros, incluindo moçambicanos, principalmente na província de Kwazulu Natal, onde os assaltos xenófobos são mais intensos.
Na sequência da situação, 107 moçambicanos regressaram, última sexta-feira ao país, tendo sido acomodados no centro de trânsito instalado no distrito de Boane, província de Maputo.
Nkosazana Zuma lembrou aos sul-africanos que estes não podem culpar aos estrangeiros pelas dificuldades e insucessos enfrentados em suas vidas.
“Sejam quais forem os desafios que podem estar enfrentando, não há circunstâncias que justificam ataques aos estrangeiros”, acrescentou.
Ela saudou a intervenção das autoridades sul-africanas em prol da normalização da actual situação vivida na Africa do Sul, afirmando que o governo fez bem em implantar o comité Interministerial no Kwazulu Natal, para vigiar de perto todos os actos de xenofobia.
Zuma apelou ainda à consciência dos sul-africanos, lembrando que durante o apartheid muitos sul-africanos abrigaram-se nos países vizinhos e foram recebidos por esses irmãos que hoje eles maltratam. 
“Nós lembramos da Organização de Unidade Africana, que desempenhou um papel tão importante na mobilização e solidariedade internacional para o fim do Apartheid. Os desafios enfrentados pela África do Sul, a pobreza e o desemprego, são desafios enfrentados por todos os países do continente e devemos trabalhar juntos para resolver e construir um futuro melhor para todos os africanos”, explicou.

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