NYUSI REAFIRMA NÃO HAVER ESPAÇO PARA DIVISÃO DO PAÍS

12-04-2015 13:57

O Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, disse último sábado, em Mandlakaze, província meridional de Gaza, que quer ser Presidente de todos os moçambicanos e não de um país dividido.

Falando num comício que orientou, na povoação de Nwajahane, terra natal de Eduardo Mondlane, primeiro Presidente da Frelimo, na altura movimento de libertação, Nyusi, apelou aos moçambicanos para que continuem unidos e em paz para poderem trabalhar livremente para o desenvolver o país. 
Destacou que existem pessoas que a todo custo procuram criar pânico no seio das populações, para que continuem a viver com medo da guerra. Tudo isso porque apenas querem inviabilizar os projectos e objectivos do governo que é desenvolver o país. 
“Não à inveja e ao ódio. A riqueza de uma zona do país tem que ser de todos os moçambicanos”, disse o Presidente da República.
Segundo Nyusi, Eduardo Mondlane, considerado de arquitecto da Unidade Nacional, nunca ensinou aos moçambicanos a lutarem uns contra outros moçambicanos, mas sim a avançarem unidos na luta contra o inimigo comum, na altura o regime colonial português.
“Apelo a unidade nacional para que juntos possamos vencer todos os novos obstáculos ao desenvolvimento. Não há razões para lutar ou para um irmão pegar em armas por causa de diferença de ideias”, explicou.
Mais uma vez, o Presidente referiu que as ideias que devem ser discutidas na Assembleia da República, o parlamento moçambicano.
Sobre a sua deslocação a Nwajahane, Nyusi explicou aos presentes que “tal como havia prometido que haveria de voltar quando for Presidente, estou aqui para ouvir as ideias de todos vós”.
“Nwajahane é a forja para a preparação dos Presidentes. Estive aqui no início da campanha (eleitoral) e hoje sou Presidente e como tal vou trabalhar com todos, sem procurar olhar para as cores partidárias porque todos têm ideias válidas”, explicou. 
O Chefe do Estado fez lembrar Moçambique comemora 40 anos de independência a 25 de Junho próximo, pelo que deve ser motivo de uma grande festa. Esta conquista deve-se a Eduardo Mondlane que teve a virtude de unir os três movimentos de libertação que na altura lutavam pela mesma causa. 
Os movimentos referidos por Nyusi são a União Democrática Nacional de Moçambique (UDENAMO), a União Nacional Africana de Moçambique) (MANU) e a União Nacional Africana para Moçambique Independente (UNAMI).
Para comemorar esta data, segundo Nyusi, foi lancada a Chama da Unidade, na povoação de Namatil, província de Cabo Delgado, próximo do rio Rovuma, local histórico, onde Eduardo Mondlane orientou a última reunião antes de ser assassinado.
“Foi neste local onde a Frelimo ganhou a última batalha que forçou o Governo colonial português a negociar os Acordos de Lusaka que levaram Moçambique a independência”, concluiu o Chefe do Estado.
Em Madlakazi, o Presidente da República para além de orientar um comício, também dirigiu a Sessão Extraordinária do Governo distrital e visitou a residência do primeiro presidente da Frelimo, Eduardo Mondlane.

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