A seis meses das eleições legislativas em Portugal e depois de vários meses em queda, o Partido Socialista (PS), o principal da oposição, reforçou a liderança nas intenções de voto dos portugueses, de acordo com a sondagem de Abril da Aximage, para o diário de 'Negócios' e 'Correio da Manhã'.

A sondagem, que também dá conta de uma subida do Partido Social-Democrata (PSD), no poder coligado com o CDS-PP, e uma descida dos restantes partidos.
As legislativas em Portugal, também designadas eleições para a Assembleia da República, o parlamento, irão decorrer entre 14 de Setembro e 14 de Outubro de 2015, estando neste momento os partidos políticos em pré-campanha eleitoral.
Depois de cinco meses em queda, o PS subiu para 36,9 por cento em Abril, um aumento de oito décimas que dá ao partido agora liderado por António Costa, o melhor registo desde Janeiro. Já o PSD, presidido por Pedro Passos Coelho, que é igualmente Primeiro-ministro de Portugal, e que estava em queda há quatro meses, recuperou 1,6 pontos percentuais para 30,5 por cento, regressando assim acima da fasquia dos 30 por cento.
A subida nas intenções de voto dos dois maiores partidos portugueses foi conseguida à custa da descida da abstenção (desceu 2,8 décimas para 35,4 por cento), mas também de quase todos os restantes partidos.
As intenções de voto no CDS-PP, liderado por Paulo Portas, desceram uma décima para 6 por cento, a CDU, uma coligação de esquerda, formada pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV), caiu mais de um ponto percentual para 9,2 por cento, o Bloco de Esquerda caiu meio ponto para 3,5 por cento e o PDR (Partido Democrático Republicano) de Marinho e Pinto continua a perder terreno, com mais uma queda de seis décimas para 3,8 por cento. Só o Partido Livre conseguiu subir em Abril, embora continue com um resultado reduzido (1,7 por cento).
Apesar de continuar com intenções de voto longe da maioria absoluta que pretende obter nas legislativas, António Costa consegue em Abril manter-se à frente dos partidos que apoiam o Governo. Somando as intenções de voto no PSD e CDS, os partidos da maioria continuam atrás do PS, que em Abril registou uma diferença de quatro décimas (36,9 por cento contra 36,5 por cento). 
A recuperação do PS não se reflectiu na avaliação que os portugueses fazem de António Costa, já que o líder do maior partido da oposição permanece com nota negativa (8,7). Ainda assim continua acima de Paulo Portas (subiu uma décima para 7,7) e de Passos Coelho (subiu uma décima para 6), que permanece com o estatuto de líder partidário com pior nota.
António Costa continua também a recolher mais confiança para desempenhar o cargo de Primeiro-ministro. Ainda assim caiu uma décima para 42,7 por cento em Abril e viu Passos Coelho aumentar duas décimas para 35,7 por cento. António Costa formalizou no dia 01 de Abril a sua renúncia ao cargo de Presidente da Câmara de Lisboa. Após mais de sete anos no cargo sai assim da liderança da autarquia para se dedicar inteiramente ao país e ao Partido.
Na avaliação aos ministros, os portugueses dão nota mais negativa a quase todos (só Assunção Cristas - da Agricultura - tem positiva, apesar da queda para 11,7 em Abril), enquanto Nuno Crato, da Educação, e Paula Teixeira da Cruz, da Justiça, continuam a ser os piores classificados (3,6 e 6,6 respectivamente). Já o índice de expectativas dos portugueses no Governo caiu em Abril pelo segundo mês consecutivo. 

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