O Primeiro-Ministro (PM) moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, lançou, esta quarta-feira, a primeira pedra para a construção de um sistema de abastecimento de água no bairro de Intaka, localizado no município da Matola, província meridional de Maputo.

Trata-se dum projecto de extensão de água avaliado em pouco mais de um bilião e meio de meticais (um dolar equivale a cerca de 35 meticais), resultante de um acordo de financiamento entre os governos de Moçambique e da França, através da Agência Francesa para o Desenvolvimento (AFD), estendido num prazo de cinco anos.
O PM disse, na ocasião, que a obra faz parte das promessas que o estadista moçambicano, Filipe Nyusi, fez, durante a campanha eleitoral, que culminou com a realização das eleições gerais de Outubro de 2014, ganhas pela Frelimo e seu candidato presidencial.
Carlos Agostinho do Rosário apelou aos empreiteiros a trabalharem no sentido de cumprirem o prazo de execução, e à população e autoridades locais a fiscalizarem a obra, em todo o seu processo, de modo que em um ano a mesma esteja concluída no prazo de um ano.
“Queremos que a nossa população tenha o bem-estar, melhorar cada vez mais as suas vidas. O que é isso? É ter mais comida de qualidade, água de qualidade, boa escola, professor de qualidade, bom hospital, haver medicamentos, habitação condigna, emprego digno. Tudo isso faz com que o homem melhore dia-a-dia a sua condição de vida”, disse Do Rosário aos populares presentes na cerimónia.
No entanto, o PM reconheceu a necessidade de, em paralelo, haver um sistema de abastecimento de energia eléctrica em funcionamento no bairro de Intaka, pois, para que haja água, é essencial que haja energia.
“Hoje viemos com água. Amanhã viremos com energia. E depois com outras coisas, que capacitam o homem a viver melhor. Temos que trabalhar todos, em paz e unidos, para que, aos bocados, o nosso programa dos cinco anos seja realizado”, afirmou.
O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Bonete Martinho, apelou a observancia da qualidade e dos prazos na execução da infraestrutura. 
O empreiteiro é uma empresa chinesa e será fiscalizada também por uma empresa chinesa, estabelecida em Moçambique.
'Queremos que, deste empreiteiro e do fiscal, façam a obra com a qualidade e prazo estabelecidos e, para isso, o governo, através do Fundo de Investimento e Património de Água (FIPAG), terá a responsabilidade de fazer cumprir os prazos pré-estabelecidos”, disse o ministro.
Este projecto de abastecimento de água vai beneficiar cerca de cinco mil habitantes so ao nível do bairro Inkata e pelo menos 87.500 de outros bairros da província de Maputo, entre os quais Khongolote, Muhalaze, Matlhemele, Mucatine, Agostinho Neto, Cumbeza, Mali, Golhoza, Boquisso e 1º de Maio.

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