PM MOÇAMBICANO QUER VALORIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA NACIONAL
O Primeiro-ministro (PM) moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, desafiou às empresas a valorizarem a mão-de-obra nacional para a própria sustentabilidade e redução da dependência estrangeira e, sobretudo, visando gerar oportunidades de emprego para jovens.
Do Rosário falava esta quarta-feira, em Maputo, a capital moçambicana, durante a abertura da I Conferência Nacional sobre Estágios Pré-profissionais, que decorre até quinta-feira sob lema Estágios Pré-profissionais: Melhorando a Empregabilidade dos Jovens.
O evento visa fortalecer as plataformas da operacionalização do decreto (n.35/2013, de 2 de Agosto) que regula os estágios pré-profissionais realizados nas entidades públicas e privadas, num contexto de um mercado cada vez mais exigente.
Para o efeito, o PM garantiu que o governo prosseguirá com os esforços para que Moçambique continue como um dos países que mantêm as taxas de crescimento muito elevadas, promovendo um ambiente macroeconómico equilibrado e sustentável.
Segundo o governante, só promovendo este ambiente se podem criar condições propícias à atracção de novos investimentos e à expansão dos já implantados em todos os sectores de actividade, contribuindo, consequentemente, para a criação de mais emprego.
O nosso país é detentor de recursos naturais, sendo, por isso, um destino privilegiado do investimento directo estrangeiro. É neste contexto que a contínua elevação dos padrões de competências para a ocupação de postos de trabalho constitui uma das nossas prioridades, o que exige, de nós, mais criatividade para encontrar e melhorar os mecanismos de empregabilidade da nossa mão-de-obra, sendo o regulamento dos Estágios Pré-profissionais uma das plataformas para lograr alcançar aquele desiderato, reconheceu.
O PM entende que o regulamento deve ser amplamente divulgado aos principais actores do processo e, em particular, às organizações juvenis, de modo a facilitar a sua implementação, sobretudo pelas pequenas, médias e grandes empresas.
Aliás, encontramos nas micro, pequenas e médias empresas um grande potencial para os jovens adquirirem valiosas experiências, através de estágios e de onde se podem tornar empreendedores, ampliando a oferta de emprego e auto-emprego.
Estamos convictos que o debate sobre o actual regulamento de estágios Pré-profissionais, nesta conferência, vai permitir melhorar a ligação entre o mundo empresarial, instituições de ensino e de formação profissional e os jovens; a apresentação de casos de sucesso na implementação dos estágios pré-profissionais e, por que não, os níveis de oferta de mais vagas para a realização de estágios pré-profissionais, disse.
Por seu turno, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), na sua qualidade de representante formal do sector privado, propôs-se a continuar a trabalhar com o governo e associações membros no sentido de garantir a divulgação e implementação do regulamento em causa no seio do empresariado nacional e, por conseguinte, assegurar o desenvolvimento económico e sustentável e bem-estar do país.
O Presidente da CTA, Rogério Manuel, reconheceu que os estágios pré-profissionais constituem uma janela importante para o desenvolvimento da carreira de todo o tipo de profissionais, pois, permite que os estudantes recém-formados possam colocar em prática todo o conhecimento teórico adquirido ao longo da sua formação.
Ademais, ao admitirmos jovens recém-formados, o empresariado cumpre com o seu papel de responsabilidade social, ao contribuir na formação das novas gerações de profissionais que irão, sem dúvidas, continuar a responder os desafios que o desenvolvimento económico e social nos impõe, admitiu.
Todavia, Manuel exortou aos estudantes finalistas a não se limitarem apenas a procurar emprego, devendo, também, procurar outras formas de ocupação, tais como o engajamento no empreendedorismo, sendo que, através dos estágios, poderão abrir ainda mais os seus horizontes para a criação de auto-emprego.
Já o presidente do Conselho Nacional da Juventude, Manuel Formiga, mostrou-se satisfeito com a iniciativa do governo, pois, reflecte a sua preocupação em solucionar a problemática do desemprego, que assola maioritariamente os jovens.
Encanta-nos profundamente dizer que esta conferência incha as nossas esperanças de aquisição do primeiro emprego, do emprego digno. Acreditamos que esta oportunidade deve servir para alinhar o pensamento basilar que fundamenta a dificuldade principal de aquisição de emprego, disse Formiga, citado pela AIM.
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