PMA APOIA MALAWI NO COMBATE A FOME
O Programa Mundial da Alimentação (PMA) vai prestar todo o apoio necessário ao Malawi para garantir que ninguém morra de fome devido ao efeito combinado das cheias e da seca.
A promessa foi feita em Lilongwe pela directora-executiva do PMA, Etharin Cousin, depois da audiência concedida pelo Presidente da República, Peter Mutharika.
Ela expressou a sua preocupação relativamente aos desafios que o País enfrenta depois das piores cheias que devastaram quinze dos vinte e oito distritos do Malawi.
Cousin disse que, devido as calamidades, o País está exposto à seca, que ameaça a vida de milhares de malawianos.
A directora-executiva do PMA afirmou que, não obstante o País estar a recuperar dos danos causados pelas cheias, os dados mostram que algumas áreas serão afectadas pela seca.
Neste contexto, ela prometeu que a sua organização fará tudo ao seu alcance para garantir que nenhuma criança ou família no Malawi morra por causa da fome.
Contudo, para que os problemas sejam resolvidos atempadamente, ela pediu ao Governo para fazer uma avaliação detalhada sobre o tipo e a quantidade da ajuda que o Programa Mundial da Alimentação deverá providenciar.
O Presidente do Malawi saudou a pronta resposta do PMA para mitigar os efeitos das calamidades, tendo reconhecido que o País está a atravessar momentos dificeis.
Mutharika recordou que quinze distritos foram seriamente afectados pelas cheias, e enquanto o País está a tentar recuperar da tragédia, vão surgindo dados que indicam que a produção alimentar vai baixar significativamente em algumas partes do território devido a seca.
O estadista malawiano anunciou que uma equipa já está no terreno para fazer o levantamento dos danos e das necessidades em termos da ajuda alimentar.
Cerca de sessenta mil hectares de culturas diversas foram destruídas pelas cheias, sobretudo no sul do País, mas a eminência da seca poderá piorar a situação.
A estratégia do Malawi é a construção de sistemas de irrigação para garantir a produtividade agrícola independentemente da seca ou da chuva.
Caso se confirme o cenário da seca, o País equaciona a importação do milho a partir da Zâmbia, para além do apoio que irá receber do Programa Mundial da Alimentação.
O Governo poderá ainda recorrer a racionalização do milho, o que significa que cada consumidor poderá ter direito a uma determinada quantidade.
No mercado nacional, alguns comerciantes estão a açambarcar grandes quantidades do cereal a espera de uma oportunidade para vender o milho a preços especulativos.
Em resposta ao apelo internacional para apoio as vítimas das cheias, a Tanzânia ofereceu ao Malawi doze toneladas de milho e sessenta e seis de medicamentos.
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