VERÓNICA MACAMO PEDE APOIO À CANDIDATURA DE MULÉMBWÈ

19-04-2015 16:05

A presidente da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, Verónica Macamo, pediu ao corpo diplomático africano acreditado em Moçambique para que apoie a candidatura de Eduardo Mulémbwè ao cargo de presidente do Parlamento Pan-Africano (PAP, sigla em inglês).

Mulémbwè está a candidatar-se pela região austral de África ao PAP.
As eleições presidenciais no PAP terão lugar em meados de Maio próximo, na cidade sul-africana de Mindrad, sede daquele organismo continental cujo principal objectivo consiste em criar uma plataforma comum para os povos africanos e suas organizações de base de estarem mais envolvidas nas discussões sobre os problemas e desafios que África enfrenta.
Criado em Março de 2004, o PAP tem como meta evoluir para uma instituição com plenos poderes legislativos e cujos membros sejam eleitos por sufrágio universal.
Falando Sexta-feira última, durante o jantar com os diplomatas africanos para apresentação da candidatura de Mulémbwè, Verónica Macamo vincou que o chamamento àquela ocasião deve-se ao comprometimento pelo desenvolvimento e bem-estar, acto historicamente verificado em todos os africanos.
“Abraçamos este projecto e pedimos o vosso honroso apoio porque esta figura, para além das capacidades de liderança reveladas, tem também sonhos pelo continente”, disse.
Ela revelou o curso de vida do candidato, desde a vida académica até de deputado da AR, função que exerce actualmente.
Mulémbwè, jurista, além de ter dirigido a faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane UEM), a mais antiga instituição de ensino superior no país, ocupou a função de Procurador-geral da República de 1988 à 1994, ano que foi eleito deputado da AR e consecutivamente presidente da AR. Terminou seu mandato em 2009.
A presidente do parlamento moçambicano enalteceu a candidatura de Mulémbwè interligando com o papel que ele teve na fundação daquele organismo continental.
“Eduardo Mulémbwè deu o seu contributo na fundação do Parlamento Pan-Africano, tendo-se tornado membro desta organização”, disse, para de seguida frisar que ele participou também na criação do Fórum Parlamentar da Comunidade de Países de África Austral (SADC, sigla em inglês).
Mulémbwè foi vice-presidente do Fórum Parlamentar da SADC e presidiu durante dois mandatos a Assembleia Parlamentar da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O candidato foi indicado ao nível da região austral de África, como o principal candidato a presidência do PAP. Ele avança para o cargo com o slogan “Por um Parlamento Mais forte, Actuante e Unido”.
De acordo com AIM, a sua candidatura aposta fundamentalmente em revitalizar o órgão em resposta aos desafios da reforma institucional estabelecidos no Protocolo sobre o PAP, na melhoria dos serviços de assistência e apoio técnico aos membros da organização, e a contínua modernização institucional e no reforço dos mecanismos de ligação entre o PAP e os parlamentos nacionais.
Segundo Macamo, o reforço vai garantir maior apropriação dos projectos do PAP pelos próprios povos africanos.
Por seu turno, Mulémbwè destacou estar pronto para avançar com os objectivos do PAP até que a organização atinja o nível mais elevado de desenvolvimento e de relação com o povo africano.
Ele sublinhou que caso a candidatura de Moçambique passe esta fase, vai significar “um valor acrescentado para iniciar uma tarefa bastante importante da nossa África, da nossa União Africana”.
Ele, que agradeceu a aposta e confiança deposita pelos diplomatas da região meridional de África, garantiu estar determinado a prosseguir com as finalidades dos seus predecessores.

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